O Brasil é um país diverso, com contrastes marcantes em suas diferentes regiões. Essas diferenças também se refletem na política nacional, com diferentes tendências e preferências eleitorais em cada parte do país. Nas eleições presidenciais de 2018, Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil com uma ampla vantagem sobre seu adversário, Fernando Haddad. No entanto, as diferenças regionais na votação foram significativas, com Bolsonaro obtendo maior apoio em algumas partes do país do que em outras.
Uma das tendências mais marcantes na votação presidencial de 2018 foi a preferência de Bolsonaro nas regiões mais ricas do Brasil. São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, foi um dos principais bastiões do presidente eleito, com cerca de 60% dos votos válidos. Nas regiões sul e sudeste do Brasil, onde a economia é mais desenvolvida e a classe média é mais forte, Bolsonaro ganhou uma vantagem significativa sobre seus adversários.
Essa preferência de Bolsonaro nas regiões ricas reflete, em parte, as suas visões econômicas e políticas. Como candidato, Bolsonaro defendeu políticas liberais e a redução do papel do Estado na economia - uma plataforma que ressoou com muitos eleitores ricos e empresários. Além disso, Bolsonaro apresentou-se como um candidato conservador em questões sociais, como a segurança e a moralidade, uma plataforma que agradou aos eleitores mais conservadores nas regiões ricas.
No entanto, também há preocupações de que a preferência de Bolsonaro nas regiões ricas reflita desigualdades econômicas e de recursos em todo o país. Muitas das áreas mais pobres do Brasil - como o Norte e o Nordeste - votaram em grande número em Haddad e outros candidatos mais à esquerda, refletindo preocupações mais amplas com a desigualdade e a pobreza no país. Há aqueles que argumentam que as políticas defendidas por Bolsonaro e outros líderes conservadores não abordam esses problemas principais e podem até agravá-los.
Independentemente das interpretações políticas dessas tendências eleitorais, é claro que a preferência de Bolsonaro nas regiões ricas é uma tendência importante na política brasileira. À medida que a próxima eleição presidencial se aproxima em 2022, a questão chave será se Bolsonaro pode manter o apoio nessas áreas ricas e, mais importante, se ele pode expandir sua base eleitoral para incluir outras partes do país. À medida que o Brasil enfrenta desafios significativos na economia, saúde pública e outras áreas, será importante ver qual visão de futuro os brasileiros escolhem em 2022 - e como isso será influenciado pelas tendências regionais e econômicas existentes em todo o país.
